A taxa acumulada em 12 meses em abril é a maior desde julho de 2005, quando a taxa ficara em 6,57%, de acordo com a série histórica do IBGE.
Na comparação mensal, os preços relativos à alimentação e bebidas reduziram o ritmo de aumento de 0,75% em março para 0,58% em abril. Exerceram as principais influências para o grupo as variações de preços de tomate (-18,69%), açúcar cristal (-2,68%), arroz (-2,13%) e carnes (-0,20%). Na contramão, tiveram alta os preços de batata inglesa (17,71%), feijão carioca (9,79%), ovos (4,41%), leite pasteurizado (2,66%), refeição fora do domicílio (1,25%) e pão francês (0,54%).
Dentre os nove grupos de despesas pesquisados pelo IBGE, transporte teve variação de 1,57%, contra 1,56%em março e continuou sendo o grupo de maior alta. Os preços do etanol subiram ainda mais no mês, chegando a 11,20% em abril (em março, foi de 10,78%). No ano, totaliza 31,09% no ano. O preço da gasolina também avançou mais, de 1,97% para 6,26%, chegando a 9,58% no ano. Juntos, os dois combustíveis tiveram alta de 6,53% no mês e contribuíram com 0,30 ponto percentual do IPCA.
Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora da Coordenação de Índices de Preços do IBGE, em Goiás, o etanol já aumentou 43,69% no ano. Quanto à gasolina, o maior aumento, no acumulado no ano, foi em Minas Gerais, com alta de 14,61%.
Depois de transporte, o grupo vestuário exerceu a segunda maior pressão, passando de 0,56% para 1,42% em abril. O destaque ficou com roupas infantis, segundo o IBGE, com alta de 1,97%. Na sequência, entre os que mais subiram, está o grupo saúde e cuidados pessoais, cuja taxa variou de 0,45% em março para 0,98% em abril. A maior influência partiu das despesas com remédios.
No grupo habitação, a taxa passou de 0,46% em março para 0,77% em abril, com as principais contribuições para o índice vindo de taxa de água e esgoto (de 0,66% para 1,00%), energia elétrica (de 0,34% para 0,94%), condomínio (de 0,60% para 0,99%) e aluguel residencial (de 0,40% para 0,76%).
Por região
Omaior índice foi verificado em Curitiba (1,23%) porque houve reajuste nas tarifas dos ônibus urbanos e intermunicipais. Já o menor índice foi observado em Belém (0,40%).