Publicado em: 03/03/2011 ás 11:52:22
O crescimento registrado pela economia brasileira em 2010, de 7,5%, o maior verificado desde 1986, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quinta-feira (3), já era esperado pelo mercado, que prevê, como consequência para este ano, desaceleração do ritmo de expansão.
Otto Nogami, professor do Insper (ex-Ibmec)
"Esse crescimento já era esperado. A sensação que tínhamos diante dos resultados era de que seria assim. Isso é reflexo da disponibilidade do crédito, que ficou muto maior para as pessoas, o aumento dos gastos, especialmente em período eleitoral. A política monetária que será adotada a partir de agora deverá gerar arrefecimento da economia. Deveremos observar aumento dos juros para conter as pressões inflacionárias diante de todo o crescimento. Imaginar que em 2011 o crescimento será de 7,5% é impossível. [PIB] Deve voltar ao nível de 3,5% a 4%. É nossa característica. Não só para 2011, mas para 2012 veremos um crescimento, mas mais moderado."
José Lupoli, professor do Programa de Administração do Varejo (Provar), da FIA
"É um crescimento que premia todo o esforço governamental para ajudar o país a superar a crise. O preço, contudo, está sendo um pouco alto, pois acabou estourando o nosso déficit público. Há, ainda, o perigo da inflação. O sinal já está passando o amarelo. Não temos estrutura para crescer mais do que 4%, 4,5% ao ano. A demanda que o desenvolvimento promove é muito grande. As pessoas estão cada vez mais procurando adquirir produtos de consumo. Os consumidores ainda estão otimistas. Precisam sentir na pele e ver o aumento dos juros no cheque especial para conter os gastos. Acredito que, em 2011, o governo conseguirá colocar o pé no freio, com o aumento dos juros e dos compulsórios, vai haver redução do desenvolvimento econômico. A preocupação é até quando o governo aguenta segurar as pressões políticas para manter o corte nas despesas públicas. Precisamos aguardar para ver os resultados."
Miguel de Oliveira, coordenador de estudos econômicos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac)
"O mercado já esperava essa alta. Não foi nenhuma novidade. Tivemos forte crescimento em 2010. Dois fatores justificam o forte crescimento. Um deles é a comparação com a retração econômica em 2009. O segundo é a questão de todo o pacote de ajuda fiscal e monetária por causa da crise. Tivemos uma série de incentivos do governo, como a redução do IPI para automóveis e outros produtos. Essa realidade não se repete neste ano. Estamos no processo inverso, com aumento dos compulsórios e a alta dos juros. Esse ano o PIB deverá crescer em torno de 4%."
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
"O crescimento confirma que, após a rápida recuperação dos efeitos da crise financeira de 2008 e 2009, a economia brasileira entrou em 'novo ciclo de expansão'. A demanda doméstica continuou sendo o grande suporte da economia, com o consumo das famílias registrando crescimento de 7,0%, o sétimo ano consecutivo de expansão desse componente, que tem sido impulsionado pela expansão do crédito, do emprego e da renda", disse Tombini, por meio de nota à imprensa.
Otto Nogami, professor do Insper (ex-Ibmec)
"Esse crescimento já era esperado. A sensação que tínhamos diante dos resultados era de que seria assim. Isso é reflexo da disponibilidade do crédito, que ficou muto maior para as pessoas, o aumento dos gastos, especialmente em período eleitoral. A política monetária que será adotada a partir de agora deverá gerar arrefecimento da economia. Deveremos observar aumento dos juros para conter as pressões inflacionárias diante de todo o crescimento. Imaginar que em 2011 o crescimento será de 7,5% é impossível. [PIB] Deve voltar ao nível de 3,5% a 4%. É nossa característica. Não só para 2011, mas para 2012 veremos um crescimento, mas mais moderado."
José Lupoli, professor do Programa de Administração do Varejo (Provar), da FIA
"É um crescimento que premia todo o esforço governamental para ajudar o país a superar a crise. O preço, contudo, está sendo um pouco alto, pois acabou estourando o nosso déficit público. Há, ainda, o perigo da inflação. O sinal já está passando o amarelo. Não temos estrutura para crescer mais do que 4%, 4,5% ao ano. A demanda que o desenvolvimento promove é muito grande. As pessoas estão cada vez mais procurando adquirir produtos de consumo. Os consumidores ainda estão otimistas. Precisam sentir na pele e ver o aumento dos juros no cheque especial para conter os gastos. Acredito que, em 2011, o governo conseguirá colocar o pé no freio, com o aumento dos juros e dos compulsórios, vai haver redução do desenvolvimento econômico. A preocupação é até quando o governo aguenta segurar as pressões políticas para manter o corte nas despesas públicas. Precisamos aguardar para ver os resultados."
Miguel de Oliveira, coordenador de estudos econômicos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac)
"O mercado já esperava essa alta. Não foi nenhuma novidade. Tivemos forte crescimento em 2010. Dois fatores justificam o forte crescimento. Um deles é a comparação com a retração econômica em 2009. O segundo é a questão de todo o pacote de ajuda fiscal e monetária por causa da crise. Tivemos uma série de incentivos do governo, como a redução do IPI para automóveis e outros produtos. Essa realidade não se repete neste ano. Estamos no processo inverso, com aumento dos compulsórios e a alta dos juros. Esse ano o PIB deverá crescer em torno de 4%."
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
"O crescimento confirma que, após a rápida recuperação dos efeitos da crise financeira de 2008 e 2009, a economia brasileira entrou em 'novo ciclo de expansão'. A demanda doméstica continuou sendo o grande suporte da economia, com o consumo das famílias registrando crescimento de 7,0%, o sétimo ano consecutivo de expansão desse componente, que tem sido impulsionado pela expansão do crédito, do emprego e da renda", disse Tombini, por meio de nota à imprensa.
Notícias relacionadas
02/12/2025
A Prefeitura Municipal de Novo Mundo, por meio da Secretaria de Assistênci...
01/12/2025
E pra finalização o ultimo dia com pedaladas, torneio de truco, torneio d...
01/12/2025